Índice
Introdução
A música sertaneja brasileira possui uma rica tradição feminina que remonta às primeiras décadas do século XX, quando as duplas sertanejas femininas começaram a desafiar os padrões estabelecidos em um gênero predominantemente masculino.
Maria de Jesus e Lourdes Amaral, conhecidas como Irmãs Castro, tornaram-se em 1938 a primeira dupla de mulheres a gravar música sertaneja no Brasil, estabelecendo um marco histórico que abriu caminho para gerações futuras de artistas femininas.
Ao longo das décadas, essas duplas sertanejas femininas evoluíram desde as pioneiras Irmãs Castro até as contemporâneas Maiara & Maraisa e Simone & Simaria, cada uma contribuindo com seu estilo único para o desenvolvimento do gênero.
A influência das duplas sertanejas femininas estende-se além da música, impactando também aspectos culturais como moda country e comportamento de consumo relacionado ao universo sertanejo.
Evolução das duplas sertanejas femininas no Brasil
A trajetória das duplas sertanejas femininas no Brasil iniciou-se na década de 1930 com as pioneiras Irmãs Castro. O desenvolvimento do gênero incorporou instrumentos tradicionais como viola e violão, estabelecendo características musicais que definiram gerações.
Origens e pioneirismo das mulheres no sertanejo
Maria de Jesus e Lourdes Amaral, conhecidas como Irmãs Castro, formaram em 1938 a primeira dupla feminina a gravar música sertaneja no Brasil. Escondidas dos pais, elas venceram o concurso “Descobrindo Astros do Futuro” na rádio Bauru, interior de São Paulo.
As duplas sertanejas femininas pioneiras enfrentaram resistência familiar e social. Em 1945, as Irmãs Castro lançaram o sucesso “Beijinho Doce”, composição de Nhô Pai, estabelecendo um marco na discografia nacional.
Gêneros, instrumentos e influências culturais
O crescimento das duplas sertanejas femininas trouxeram inovações instrumentais significativas ao gênero. As Galvão, além de cantar, também tocavam sanfona, viola e violão, ampliando as possibilidades musicais tradicionais.
A música caipira e o folclore brasileiro influenciaram profundamente as duplas sertanejas femininas. Inezita Barroso, defensora da música caipira, recebeu título de doutora honoris causa em folclore pela Universidade de Lisboa.
O programa “Viola, Minha Viola” na TV Cultura, apresentado por Inezita durante 35 anos, consolidou a presença feminina no sertanejo de raiz. As duplas sertanejas femininas assimilaram influências da música popular brasileira e sons de raiz africana, como demonstrado por Luhli & Lucina na década de 1970.
Referências e influências modernas: Simone & Simaria, Maiara & Maraisa e Marília Mendonça
A dupla Simone e Simaria, conhecidas como “As Coleguinhas”, iniciaram a carreira como dupla em 2012. Tornaram-se referência nacional entre as duplas sertanejas femininas com sucessos como “Meu Violão e o Nosso Cachorro”, “Loka” e “Regime Fechado”.
Características das duplas sertanejas femininas modernas:
- Fusão de sertanejo com pop internacional.
- Presença massiva nas redes sociais.
- Inovação em videoclipes e performances.
- Alcance de milhões de visualizações.
Já Maiara & Maraisa consolidaram-se como a dupla feminina mais famosa nacionalmente, segundo análises de mercado. Suas composições e interpretações definiram novos padrões para o sertanejo feminino contemporâneo.
Por fim, Marília Mendonça, embora tenha seguido carreira solo, influenciou diretamente o trabalho das duplas sertanejas femininas através de parcerias e composições. Seu legado continua inspirando novas formações musicais.
Destaques contemporâneos e sua relevância para a cena atual
As duplas sertanejas femininas contemporâneas estabelecem novos recordes de audiência e vendas digitais. Artistas como Naiara Azevedo, embora solo, colaboram frequentemente com duplas femininas, fortalecendo o movimento.
Impacto das duplas sertanejas femininas na atualidade:
- Dominância em plataformas de streaming.
- Influência em tendências musicais nacionais.
- Abertura de mercados internacionais.
Roberta Miranda e Sula Miranda continuam sendo referências históricas. Sula conquistou o título de “Rainha dos Caminhoneiros” com “Caminhoneiro do Amor”, vendendo mais de 100 mil cópias e conquistando Disco de Ouro.
As novas formações incorporam elementos tecnológicos e diversidade musical, mantendo as raízes sertanejas enquanto expandem horizontes criativos para as futuras duplas sertanejas femininas.
Onde comprar roupas country para shows sertanejos?
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Conclusão
Como vimos, as duplas sertanejas femininas transformaram significativamente o cenário musical brasileiro desde 1938. A trajetória iniciada pelas Irmãs Castro estabeleceu um precedente duradouro para gerações futuras de artistas.
O mercado atual demonstra a consolidação das duplas sertanejas femininas através de números expressivos nas plataformas digitais. Maiara & Maraisa e Simone & Simaria ocuparam posições relevantes no ranking do Spotify em 2016, ficando atrás apenas de Rihanna entre as artistas femininas mais ouvidas.
As duplas sertanejas femininas continuam formando novas parcerias em 2025, indicando crescimento sustentado do segmento. Assim, o movimento representa não apenas entretenimento, mas também transformação cultural e social dentro da música brasileira.
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